Quem é que nunca foi a um mau espectáculo, assistiu a um filme menos bom, a um jogo de futebol entediante? O encerramento do Festival do CCP não agradou. Não agradou a quem foi assistir, não agradou a quem foi receber os prémios nem a quem os foi entregar, não agradou a quem apresentou e muito menos a quem organizou. Existem sempre razões para que as coisas não corram conforme o desejado, mas não vale a pena enumerar aqui as nossas. Estão desde já a ser debatidas para que não voltem a acontecer.
Apesar de tudo, a intenção do CCP continua a ser, como sempre foi desde a sua constituição, divulgar, dignificar e enaltecer a criatividade portuguesa. Para isso contribuímos com a organização (nada fácil) de um evento que reúne os melhores profissionais para julgar os melhores trabalhos a concurso nas áreas da comunicação, que depois ficam registados para a história num anuário de referência. Promovemos as palestras com profissionais de reconhecido mérito internacional, que se deslocam para falar a plateias inexplicavelmente reduzidas. Além disso apoiamos jovens criativos e estudantes no seu desenvolvimento profissional.
Todo o esforço do CCP nesse sentido é realizado com um mínimo de apoio financeiro de algumas poucas empresas que compreendem o desafio e a oportunidade de estarem ligadas ao mercado através da associação dos seus profissionais. As coisas não acontecem por acaso, e é aqui que a consequente lacuna logística vem ferir o festival.
Falhámos. Experimentámos um modelo que não resultou, com os recursos e o tempo que tínhamos disponíveis, com a dedicação, o apoio e o empenho de alguns, em muitas horas de trabalho e com a maior vontade para que tudo saísse bem. Fizemos. E como queremos fazer melhor, aceitamos de bom grado todas as críticas que nos ajudem a realizar um próximo festival tão bom como o mercado aspira e merece. Também é desse apoio que o CCP precisa.
Agora, de volta ao trabalho porque há muito o que fazer.
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6 comentários:
Força!!!
realmente foi e é triste.
nós, profissionais de comunicação, sem capacidade de comunicação.
um auto-atestado de incompetência, que sobre ele não vou dizer mais do que já foi assumido, e bem, pela organização.
Vou só apontar para parte do problema que me tocou mais directamente.
"o ano passado o concurso de Jovens Criativos estava fraco" isto foi o que eu ouvi antes de participar. desde já podem começar a pensar que sou um resabiado que perdeu. é verdade. concorri e perdi.
o problema não está aqui.
o problema é para o ano ouvir outra vez:"o ano passado o concurso de Jovens Criativos estava fraco". e é verdade, estava fraco.
e a culpa não é dos Jovens Criativos mas dos Jurados, que escolheram aquelas peças para representar os Jovens Criativos. se bem que havia 3 bons trabalhos.
estou no meio há um ano, uma das coisas que me levou a participar era pôr-me à prova e saber como ia a concorrência. a outra, não era curiosidade, era para ganhar. não, a segunda era para as pessoas conhecerem um trabalho meu e a minha maneira de pensar um problema.
Sem entrar na leitura do livro "Designers are Wankers" e em analogias com os festivais de publicidade, jurados e peças, queria dizer que a natureza do Concurso Jovens Criativos é diferente do resto do festival. Enquanto as peças das agências estiveram na rua, estas peças dos Jovens Criativos nunca viram a luz do dia e essa possibilidade está nas mãos da organização. claro que isto iria revelar a competência do Jurado, mas talvez assim os Jurados fossem mais responsáveis nas suas funções.
se os quisermos proteger... esqueçam e continuamos neste esquema que está muita bem montado. a qualidade dos Jovens Criativos é por eles definida e eu passo a acreditar que "Apesar de tudo, a intenção do CCP continua a ser, como sempre foi desde a sua constituição, divulgar, dignificar e enaltecer a criatividade portuguesa."
mymessias@gmail.com
para quem estiver interessado a melhorar ou a explicar-me algo que me tenha escapado.
É sempre fácil criticar.
Em vez disso deviam era voluntariar-se para tornar o CCP melhor.
As palestras foram óptimas e realmente não se compreende a falta de interesse.
Aqui fica, + uma vez, a minha oferta para ajudar-vos no que for possível.
Oferece-te para ajudá-los e vais ver a responsa sonsa que levas de volta. Carga nisso. Para este peditório, já dei.
Outra coisa, esse argumento de dizer que o que importa é fazer e continuar a fazer, bem ou menos bem é bem ...não encontro adjectivos e substantivos.
Tem graça o post que o ccp dava tau tau nos criativos foi apagado.
A arrogância das agências de publicidade para facilitar o acesso a pessoas que adoram a criatividade que querem fazer parte do meio, pode também ser uma explicação.
As agências têm hoje um sério problema a resolver que é a própria comunicação institucional e que assim só afasta as pessoas deste mundo maravilhoso.
Mais humildade mais simpatia é preciso. Customer centric lembram-se
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